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Mostrando postagens de 2020

SÊ CORAJOSO E FORTE

M O M E N T O   P O É T I C O SÊ CORAJOSO E FORTE Quando estiveres fatigado e triste e meditares na terrível sorte, não temas, pois Jesus é teu amigo: Sê corajoso e forte! Se te apanhares pelo mar da vida, da dor cruenta o vendaval e morte, não desanimes, Cristo está contigo: Sê corajoso e forte! Se, no trajeto pelo mundo inca uto, vires perdida a orientação, o norte, segue a Jesus, e Ele será teu guia: Sê corajoso e forte! No dissabor, que fere a humanidade, no coração abrir-te fundo corte, pede a Jesus, pois Ele dá o alívio: Sê corajoso e forte! Se forem tantas as dificuldades, que a tua força já não mais suporte, roga ao Senhor que te mantenha firme: Sê corajoso e forte! Se vacilares pela vida escura, e com o teu mal o mundo nem se importe, ore com fé - e te erguerás contente: Sê corajoso e forte! GIÓIA  JÚNIOR

O ECO

M O M E N T O  P O É T I C O O ECO O que posso fazer se a vida, a glória fez-ma rotineira, a ilusão não muda, é sempre a mesma. Que fazer se o prazer é sempre essa utopia de um minuto feliz! A maior alegria é ligeira, é fugaz como uma gargalhada, ... inunda a sala e cessa e volta para o nada... Que fazer para ter alguma recompensa? Mecânico e fatal o eco responde: ...pensa... Pensar? Como, pensar? Perder a mocidade no egoísmo sem razão dessa inutilidade... Pensar apenas? Não, teria acaso um fim, pensar, pensar, pensar... de mim e para mim? Esgotar a existência em um plano ilusório, sozinho usufruir da paz de um escritório? Quero menosprezar a vida dissoluta... Mecânico e fatal o eco responde:...luta... Lutar... porque lutar... ver bandeiras ao vento, tambores e clarim, galões e fardamentos, ver o sangue jorrar em vis revoluções, ver Césares, Pompeus, Felipes, Napoleões... Lutar... porque lutar, se essa glória que embriaga tem o brilho na aurora e no poente

A VOLTA DO FILHO PRÓDIGO

M O M E N T O  P O É T I C O A VOLTA DO FILHO PRÓDIGO Nós todos somos filhos pródigos Iguaizinhos ao outro Sem tirar nem por A mesma ingratidão, a mesma sede de aventuras, A mesma revolta, a mesma indecisão, A mesma procura, Os mesmos falsos amigos, Os mesmos descaminhos da partida, A mesma despedida A mesma terra distante, Onde por um instante não temos hora, Não temos nome A mesma miséria, A mesma fome. Nós todos somos filhos pródigos, E, um dia só nos resta As bolotas que são atiradas aos porcos. Nos todos somos filhos pródigos, E, em certo momento na angústia mais funda, Na hora mais dura da ausência do lar, De onde estivermos Todos nós choramos , Querendo voltar. Que importa o erro, A negra noite, A dura hora da ingratidão, Que importa a cama dos hospitais, Que importa a grade da prisão, Importante é o arrependimento, É o retorno, É o perdão. De onde quer que voltemos, Com a roupa do corpo, Com o rosto muda

FILHO PRÓDIGO

M O M E N T O  P O É T I C O FILHO PRÓDIGO Certo pai tinha dois filhos Tão diferentes quem diria! Um amava muito o lar Outro o mundo é que o prendia! E o tempo foi passando Sem ninguém se aperceber Do que o filho mais novo Dentro em breve iria fazer. Mas o triste dia chegou Para o pobre pai ouvir Da boca de seu filho querido: Meu pai, eu vou partir. Dá-me a parte que me pertence Quero o mundo conhecer E assim com muito dinheiro Mil venturas irei ter. Filho meu, não faças tal Peço-te com muito carinho É escusado, meu pai Vou seguir o meu destino. E lá foi aquele filho Cheio de tanta ilusão Enquanto que ao pobre pai Lhe sangrava o coração. Tinha dinheiro, amigos Nada porém lhe faltava Era feliz afinal Tinha tudo o que desejava. Mas o tempo foi passando E o dinheiro se acabou Os amigos afastaram-se Pobre e só, por fim ficou. Que miserável aspecto Toda a gente o desprezava Pedia pão e trabalho

AS MÃES SÃO FLORES

M O M E N T O  P O É T I C O AS MÃES SÃO FLORES As mães são como flores São como as flores, na suavidade, no aroma e cor No sacrifício da mocidade, na doce bênção, no puro amor. São como as rosas maravilhosas, são como lírios brancos de paz São flores belas de raras cores, são como aroma que satisfaz Cores e flores, perfumes, brilhos. Dão-se inteirinhas decoração. Vivem nas vidas dos próprios filhos, Vivem ternura, vivem perdão. As mães são flores As mães queridas, são margaridas, são girassóis Belas estrelas que a terra nutre, ao beijo quente de muito sóis. As mães são flores, mas flores murcham Tem vida curta sacrificiais Que vivam muito, servindo hoje, ao Deus bendito, Que vivam mais, As mães são flores, rubras, douradas iluminadas e muito amadas. Sonho e afeição. Casa na rocha que não se abala, convive e fala bela canção. As mães são flores. Deus as proteja. Deus cuide delas com muito amor. As mães são flores, queridas flores, e no seu dia, cantamos

O GRILO

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M O M E N T O   P O É T I C O O GRILO Numa noite clara, de Lua redonda Como um queijo branco no prato do céu No meio do mato uma voz ouvi Que falava sempre Cri, cri, cri Vestido de noite, perdido no escuro Parado num canto que não descobri Seu corpo comprido, de inseto elegante Confesso, não vi Só ouvi seu canto na perdida sombra Cri, cri, cri Estava sozinho, sem algum amigo Com quem conversasse, então decidi Com o grilo alegre vou travar conversa Ei, grilo, não temas, que eu não sou de briga Creste no que eu disse? E o grilo, do escuro, respondeu na hora Como se entendesse Cri, cri, cri Fiquei muito alegre, ele me entendia E me respondia Com satisfação Pus-me a contar fatos Que o deixaram quieto Prestando atenção Uma vez, amigo Veio ao mundo um homem Muito meigo e puro Perdoando a todos Libertando escravos Saciando pobres E curando enfermos Homem tão bondoso Como igual não vi Creste no que eu disse? Respondeu-me o grilo Como se entendesse

PARA GLÓRIA DE DEUS

M O M E N T O  P O É T I C O PARA GLÓRIA DE DEUS Para glória de Deus é que em noites geladas e em cinzentas manhãs e frias madrugadas, meus versos tenho escrito - eis a grande verdade. Que não haja em minha alma a mínima vaidade. Que vaidade teria a estrela no seu lume e o mar em seu poder e a rosa em seu perfume? Tu me deste, Senhor, a lira que dedilho para que eu glorifique o nome do TEU FILHO, e o proclame aos mortais e o bendiga e enalteça; faze que  eu diminua a fim de que Ele cresça. Dá que eu possa vencer a condição humana e me afaste, Senhor, dessa estrada profana que engana e desorienta e desatina e ilude e corre para o vício e foge da virtude. A Poesia, é mister que tenha sempre um fim, deve a poesia fugir da  Torre de Marfim e sofrer com o povo e sentir mais e mais as negras aflições dos problemas sociais: as estrofes, bem sei, não serão menos belas se trouxerem nos pés a lama das favelas e os versos não serão, por certo menos nobres se exigirem o pão para os meninos pobre

FICA SENHOR COMIGO

M O M E N T O  P O É T I C O FICA SENHOR COMIGO Fica, Senhor, comigo; A noite é vasta e fria, Segura a minha mão, até que chegue o dia. Em tua companhia é claro o meu caminho E eu não quero ficar para sempre sozinho. Não fosse o teu cuidado, e eu, por certo, estaria Abatido e infeliz numa senda de espinho. Fica, Senhor, comigo; O coração da gente É fraco e pequenino e bate fortemente Ao ruído menor dos prenúncios fatais De procelas cruéis e rudes temporais... Dá que eu possa sentir, Senhor, eternamente, Amparando meu ser, teus braços paternais. Fica, Senhor, comigo;  A mocidade passa Como a leve espiral escura de fumaça; E a solidão do velho é triste e sem alento E plena de incerteza e mau pressentimento. A teu lado eu terei consolo na desgraça, Conforto na miséria e paz no sofrimento Fica, Senhor, comigo;  Os meus olhos sem luz Querem também te ver na estrada de Emaús Da minha vida, pois só tu és meu abrigo, Meu amigo melhor, meu verdadeiro amigo. Por isso é que te peço: Ó B

ORAÇÃO PARA QUE EU SEJA UM BOM SAMARITANO

M O M E N T O  P O É T I C O  ORAÇÃO PARA QUE EU SEJA UM BOM SAMARITANO ... A nossa vida é um caminhar também do pó primeiro ao derradeiro pó... Partimos de qualquer Jerusalém Para alcançar alguma Jericó. Vamos assim despreocupados, sem Pensar... e vemos, atirado e só, Um pobre peregrino, sobre quem Socos e pontapés deram sem dó... Seja eu que caminhe de alma aflita E veja o réu da fúria do chicote Para que num esforço sobre-humano, Mate a minha tendência de Levita, Dobre o meu coração de sacerdote, E surja como um Bom Samaritano! GIÓIA JÚNIOR

MEDITAÇÃO NO TEMPLO

M O M E N T O  P O É T I C O MEDITAÇÃO NO TEMPLO Eu sei que estás aqui e as Tuas mãos me outorgam a procurada paz e a desejada calma - escuto a Tua voz nos acordes do órgão que nutre a minha vida e alimenta minh'alma. Estás aqui bem perto, em tudo o que se faz sincera e humildemente em nome de Jesus. Para o mundo em conflito és a hora de paz e para a vida escura - és o raio de luz! Eu sei que estás aqui e Tuas mãos espantam a solidão, a angústia, a inquietação e a dor, Tu estás entre nós nos hinos que se cantam, no silêncio da igreja e na voz do pastor. Estás aqui pertinho e as Tuas mãos outorgam a bênção eficaz que paira sobre nós - e nos hinos do coro e nas notas do órgão Tu nos fazes ouvir a Tua excelsa voz! GIÓIA JÚNIOR

A MULHER ADÚLTERA

M O M E N T O  P O É T I C O A MULHER ADÚLTERA Manhã, clara manhã de sol rompendo as brumas, como um barco vermelho a singrar entre espumas... Campo de Luta. O sol é um gladiador selvagem e tinge com seu sangue a sombra da paisagem... ...Jesus, depois de orar a noite inteira, envolto em manto singelo, o cabelo revolto, a barba em desalinho, as sandálias manchadas pelo vermelho pó das longas caminhadas, ensinava no templo apresentando ao povo a larga nitidez de um horizonte novo... A estrada do porvir, imensa, inatingida, a nova Canaã, a Terra Prometida, que Moisés procurou no meio do deserto, parecia tão longe e estava ali tão perto! Ele era a porta aberta, o ensinamento, o exemplo... Nisto um bando sinistro avança pelo Templo, escribas, fariseus, num cínico mister: - Prendamos a Jesus, matemos a mulher! ... Em meio ao burburinho uma jovem bonita, pálida, maltratada, atirada e maldita pela lei de Moisés, esperava a sentença, "o prêmio do pecado", a negra recompensa de um il

NADA ERA DELE

MO M E N T O  P O É T I C O NADA ERA DELE Inspirado em Stanley Jones Disse um poeta um dia, fazendo referência ao Mestre amado: "O berço que Ele usou na estrebaria, por acaso era dEle? - Era emprestado! E o manso jumentinho, em que, em Jerusalém, chegou montado e palmas recebeu pelo caminho, por acaso era dEle? - Era emprestado! E o pão - o suave pão que foi por seu amor multiplicado, alimentando toda a multidão -, por acaso era dEle? - Era emprestado! E os peixes que comeu junto ao lago e ficou alimentado, esse prato era seu? - Era emprestado! E o famoso barquinho? aquele barco em ficou sentado, mostrando à multidão qual o caminho, por acaso era dEle? - Era emprestado! E o quarto em que ceou ao lado dos discípulos, ao lado de Judas, que o traiu, de Pedro, que o negou, por acaso era dEle? - Era emprestado! E o berço tumular, que, depois do Calvário, foi usado e de onde havia de ressuscitar, o túmulo era dEle? - Era emprestado! Enfim, NADA era dEle! Mas a coroa que ele usou na cr