O R G U L H O
O ORGULHO
‘’ Louvo, exalto e
glorifico ao Rei do céu; porque as suas obras são verdadeiras, e os seus
caminhos justos, e pode humilhar aos que andam na soberba.’’ Daniel 4.37
Porque o orgulho é
tão prejudicial? Porque
ele expressa a característica da natureza de Satanás. A Bíblia revela que
satanás era, inicialmente, um arcanjo chamado de estrela da manhã e filho da
alva (Is 14:12), que servia diante de Deus, conduzindo toda a criação a adorá-Lo.
Ezequiel 28.13,15 descreve a beleza e a perfeição desse anjo. No entanto, ele
caiu por causa do orgulho – seu coração elevou-se por causa da sua formosura
(v.17). Em Isaías 14.13,14 esse arcanjo,que após a queda tornou-se Satanás,
refere-se a si mesmo muitas vezes: Eu subirei, eu exaltarei, meu trono, eu me
assentarei, eu serei. A soberba foi a condenação de Satanás, O Diabo. (I TM
3.6).
O orgulho
é um câncer, especialmente entre as pessoas que servem a Deus. Todos dizem que
não querem se exaltar-se, mas é fácil perceber como alguns ficam orgulhosos de
sua utilidade para Deus. Por outro lado, dizem que tudo vem de Deus e é para a
glória Dele, mas, na verdade, estão manifestando que tudo é devido à sua
capacidade e é para sua própria glória. Que o Senhor tenha misericórdia de nós,
a fim de levarmos a sério a questão de tratar com o orgulho em nosso coração.
Em Daniel
4 encontramos um relato que ilustra muito bem esse princípio espiritual. O rei
Nabucodonosor, escrevendo a vários povos, declara que Deus havia feito grandes
sinais e maravilhas, e que Seu reino é sempiterno (v.2,3). Isso demonstra a
humildade do rei. Mas como ele conseguiu reconhecer isso? Somente depois de sofrer
o castigo de Deus por causa do orgulho. Um ano depois de ter um sonho, que o
avisava do que iria acontecer, Nabucodonosor olhou pra seu reino e disse: ‘’
Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com meu grandioso poder, e para a glória da minha
majestade?’’ (v.29,30). O castigo por tanta soberba foi que ele passou a agir
como um animal, até que se arrependeu e reconheceu que tudo viera das mãos de
Deus (v.31,37).
Muitos ao
começarem a servir o Senhor, são bastante humildes, sempre reconhecendo que
tudo é obra de Deus. Mas, quando Deus abençoa e a obra começa a dar frutos,
agem como Nabucodonosor: ‘’meu’’ poder, ‘’minha’’ capacidade, ‘’meu’’ esforço,
a ponto de exigir o reconhecimento dos homens. Isso faz parte da natureza
humana, e, se não tratarmos seriamente com isso diante de Deus, será fácil cair
nesse pecado. Portanto, precisamos tratar
constantemente e sem trégua com nossa ambição e orgulho. A obra é de Deus, não
nossa. Somos meros instrumentos e servos inúteis (Lc 17.10). Se não
reconhecermos nossa real condição e não arrependermos, o Senhor simplesmente
nos abandonará.
Golias é
outro exemplo. Quando Davi foi enfrentá-lo, ele o desprezou e perguntou: ‘’ Sou
eu algum cão ?’’ (I Samuel 17.42,43). Desde o início de seu desafio aos
israelitas, ele manifestou autoconfiança, soberba e orgulho. Qual foi o
resultado? Um a pedrinha o venceu. Davi, ao enfrentá-lo, disse-lhe que o fazia
em nome do Senhor dos exércitos. Este é o segredo: Toda realização, todo o sucesso
na obra vem do Senhor. Se o Espírito não fizer, que valor tem nosso fruto?
Somos apenas os ramos da videira (Jo 15). Será que o fruto da videira é nosso?
Se não houvesse os nutrientes da videira para os ramos, conseguiríamos
frutificar?
Essa ‘’raposinha
orgulhosa’’ existe em cada cristão. Por isso, precisamos sempre agir com cautela,
rejeitando servir sozinhos, buscando sempre
a ajuda e a orientação de outros irmãos. Esta é uma séria recomendação:
Apanhe o mais rápido possível a raposinha do orgulho.
O Senhor não
caça nossas raposinhas. Que devemos fazer, então ? Entrar na fenda do penhasco.
De nada adianta ficarmos atrás da parede, em nós mesmos, mas precisamos ir para
a cruz; não permanecer em nossa própria morte, mas permanecer na morte de
Cristo. Em nós mesmos, valorizamos demais nossos sentimentos, mas, quando nos
negamos, identificamo-nos com a morte de Cristo. E quando morremos com Cristo,
ressuscitamos com Ele. Quando somos crucificados, as raposinhas são crucificadas
também, mas quando ressuscitamos elas permanecem na cruz. Este é o caminho:
Sermos crucificados juntamente com Cristo, unirmo-nos com Ele na Sua morte, a
fim de estarmos também unidos com Ele na Sua ressurreição.
‘’ Nada
façam por ambição egoísta ou vaidade, mas humildemente considerem os outros
superiores a si mesmos. Cada um cuide não somente dos seus interesses, mas
também dos interesses dos outros.’’ Filipenses 2.1,4
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